Quando falamos imprensa
referimo-nos especificamente a jornalismo – em, todas as suas formas: jornais, revistas,
televisão, rádio ou INTERNET. Seu papel é informar exatamente o ocorrido, sem
qualquer tipo de interpretação pessoal. É como se fora uma fotografia
tridimensional, tirada com lente grande angular. Abordar o fato em parte,
escamoteando algum detalhe, ocultando, adicionando ou mesmo dando ao mesmo
algum tipo de interpretação pessoal não é correto. Por outro lado, sabemos ser
muito difícil, quase impossível, excluir do ser humano a pessoalidade. Ainda
que sutilmente tendemos a enxertar nos fatos que descrevemos algo da nossa
emoção (em alguns um pouco mais ou menos). Isenção absoluta é quase impossível.
O ser humano é emocional e a emoção, quase sempre, prepondera sobre a razão.
Não custa, entretanto, esforçarmo-nos para corrigir este defeito, especialmente
quando estivermos exercendo a função de informar. É como se fossemos testemunha
de determinado fato que estivesse sobre julgamento e que a sentença tivesse que
basear-se no nosso depoimento. Informar, pois, exatamente o que ocorreu é o
papel de quem exerce o jornalismo informativo. Agir diferentemente é desservir
à informação. A imprensa é a grande formadora de opinião e sempre será. Não
custa aos profissionais do ramo adotar o comportamento adequado.
Muitas vezes, entretanto, nos
deparamos com um quadro inteiramente inverso. Ao sabor da interpretação do
profissional a notícia é levada ao público de modo destorcido, escamoteado e,
até mesmo, omite-se o fato no todo ou parte. Tal tipo de procedimento não é
correto e não caracteriza atitude jornalística e não é novidade. Há tempos
imemoriais o expediente da distorção ou omissão dos fatos vem coexistindo com a
espécie humana – infelizmente. É que muita gente coloca o interesse pessoal
acima de tudo. Levar vantagem é o lema desse tipo de gente. “É O GANHAR NEM QUE
SEJA HONESTAMENTE”. O pior de tudo isto é que existem indivíduos que se alugam
a quem pagar melhor pelo “serviço” que prestam ou se comprometem a prestar.
Nossa cidade não foge à regra. Aqui existem os bons e maus profissionais da
comunicação (jornalistas, radialistas, etc.). O problema é que boa parte do
nosso povo não sabe diferenciá-los.
Às vezes vemos determinadas rádios,
jornais, blogs, redes sociais, etc., falarem bem de determinado político ou de
determinada administração e, até mesmo, de determinada empresa e de inopino
mudarem de orientação. Tal fenômeno ocorre em relação aos veículos de
comunicação bem como a alguns profissionais da área. Quando a mudança ocorre em
razão de desvio de conduta das personalidades ou das empresas focadas, tudo bem
é coerente. Todavia quando a coisa muda ao sabor das conveniências econômicas
de determinados grupos ou de profissionais que a integram, aí está a grande
distorção. Isto não é imprensa. É (sem eiva de qualquer dúvida) EM PRENSA. Na
maioria das vezes em que tal fenômeno ocorre, podem observar, a motivação é
econômica ou política. No último caso, alguém está pagando mais ou existe
efetiva chance de mudança no quadro político. Surgindo aí a oportunidade da
“empresa” ou o “profissional” alugar-se por preço maior.