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quinta-feira, 5 de maio de 2011

A IMPORTÂNCIA DO VOTO

Há poucos dias, quando lia um trabalho do colega Gustavo Kruschewsky, honrado que fui com a distinção escrever o prefácio, deparei-me com as ponderações respeitáveis do autor a respeito do despreparo da maioria dos prefeitos e vereadores para o exercício dos aludidos cargos. Relativamente aos executivos chega a sugerir a obrigatoriedade de curso especial preparatório para o exercício de tão complexo “múnus”. Quanto aos edís, pondera que os eleitores deveriam ser mais responsáveis ao escolhê-los, evitando povoar as casas legislativas com indivíduos inteiramente despreparados, que se limitam (quando muito) a apresentar moções (de pesar e aplausos), indicações, atribuir nomes a logradouros públicos e conferir títulos de cidadão (até mesmo para pessoas merecedoras).
Quanto aos prefeitos entendo que o eleitor deve ter cuidados redobrados quando da escolha, pois se votar num indivíduo desonesto ou despreparado verá sua cidade sofrer, pelo menos, por quatro anos (no caso do despreparado), ou por vinte ou mais anos, no primeiro caso. Tais indivíduos preocupam-se tão somente em superfaturar obras, para guardar recursos para as futuras campanhas (reeleição, de deputado estadual, federal, etc.) pessoais, de parentes ou de apaniguados. Além de produzir tais mazelas favorecem vereadores de seu grupo ou dos que se deixam cooptar com facilidade, corrompem parte da imprensa falada e escrita, empregam parentes, constroem casas ou fornecem materiais para seus protegidos, etc. etc. O pior é que permanecem por muito tempo no poder em razão de tal tipo de conduta. Os que se deixam corromper ou “as moscas do poder” querem vê-los perpetuados, pois desse modo continuam também levando vantagens.
  O despreparado é logo notado, pois imediatamente percebemos sua inaptidão para administrar a coisa pública. Falta-lhe embocadura para lidar com os problemas políticos e administrativos, além de não saber resolver até mesmo as coisas rotineiras.  O lixo acumula-se nas ruas, os buracos se sucedem no sistema viário principal, a iluminação pública apresenta deficiências, etc. etc. Nem mesmo o secretariado é bem escolhido.
O despreparado, entretanto é menos nocivo. Sendo logo identificado, causa apenas malefícios pelo espaço de tempo do seu mandato, quando não é cassado antes. Já o “sagaz” engana por muito tempo e se não houver por parte da população consciente uma campanha sistemática de moralização e de repúdio por tal tipo de atitude ele se perpetua no poder por muito tempo (diretamente ou através de sucessores do mesmo naipe).
No próximo ano teremos eleições municipais. Não custa refletir sobre o tema. Lembre-se bem: Se o seu filho estiver doente você não vai procurar um médico incompetente, procurará se possível, o melhor. O mesmo acontece se você estiver necessitando de um dentista, de um advogado, etc. Sem dúvida procurará sempre um profissional de bom nível.
PERGUNTAMOS AGORA?
Se temos tal cuidado ao escolher um profissional para cuidar dos nossos interesses ou da nossa saúde, porque não agir do mesmo modo, ou até mesmo de modo mais criterioso, se vamos escolher o dirigente máximo de nossa cidade, ou dos que vão legislar por nós ou fiscalizar nosso prefeito?

A IMPORTÂNCIA DO VOTO

DEPUTADOS ESTADUAIS E FEDERAIS
Embora tão importante ou mais quanto o voto para vereador, a grande verdade é que a maioria da população valoriza muito pouco os votos dados para deputado estadual e federal. Pesquisas divulgadas recentemente demonstram que boa parte dos eleitores não se lembra em quem votou na última eleição para representá-los na assembléia legislativa e na câmara federal.
Se tal fenômeno acontece a nível nacional imagine o que não ocorre nos pequenos centros, inclusive na nossa cidade. Além de não se lembrar dos votos dados aos deputados estaduais e federais os nossos eleitores, na sua esmagadora maioria, votam em candidatos de fora – que nada conhecem dos nossos problemas e não têm qualquer compromisso com nossa cidade e mesmo pela região. Ilhéus poderia ter o mínimo de três deputados federais e seis estaduais. Dirão alguns que não teríamos tanta gente capaz entre os nossos conterrâneos. Discordo. Porém ainda que não tivéssemos seria melhor votar num candidato daqui que num outro de fora. Se o daqui for muito ruim ainda assim é melhor votar nele. Sabemos onde ele mora e poderemos cobrar, reclamar e, até, xingar. O de fora, ainda que bom, dificilmente defenderá nossos interesses e acresce a circunstância que não poderemos reclamar de sua atuação, pois nem sequer sabemos onde mora. Se o daqui for ruim pelo menos nos livremos dele por quatro anos.
Não bastasse isso fica muito difícil conseguir colocar emendas ao orçamento, consignando obras importantes para a cidade. Coisas como uma segunda ponte, duplicação da Ilhéus-Itabuna, e outras obras de infra-estrutura (contenção de encostas, aeroporto, etc.), são facilmente conseguidas se temos um bom número de representantes na Câmara Federal. Igualmente, relativamente às obras estaduais. Sem deputados não há quem cobre ou mesmo negocie em nome do município. Presidentes e Governadores precisam aprovar projetos e sem os votos dos deputados não os vêm viabilizados. Aí é que entra a força do representante. É evidente que o deputado de determinada região vai lutar pelas obras da área que representa. Ainda que tenha sido votado em outras cidades, na hora do vamos ver prevalece o interesse  pela cidade ou pela região em que vive ou representa. Ilhéus nunca teve um grande número de representantes nas casas legislativas estadual e federal. No máximo dois. Jorge Viana e Medauar (federais) e Antonio Cruz e José Cândido (estaduais). Normalmente um representante em cada casa legislativa.
Enquanto isto Feira de Santana, Vitória da Conquista, Jequié e outras cidades grandes têm um grande número de representantes. Nestas cidades não se vota em candidatos de fora. O povo tem consciência desse detalhe e os prefeitos só apóiam correligionários da Cidade. Aquí em Ilhéus os próprios prefeitos e em especial alguns deles votam, indicam vereadores para coordenar campanhas de candidatos de fora e outras distorções desse tipo. Aqui mesmo sabemos de prefeitos que estimularam vários candidatos de fora a fazer campanhas para evitar que lideranças novas surgissem e ele ficasse sem concorrentes, perpetuando-se  no cargo, com enorme prejuizo para a população. Enquanto isto ocorria o patrimônio desses alcaides e de seus fieis escudeiros crescia ine3xplicavel e assustadoramente.
PENSE BEM NISTO ANTES DE VOTAR – A RESPONSABILIDADE É SUA, ALIÁS, NOSSA. ESPECIALMENTE DOS FORMADORES DE OPINIÃO.