Uma das grandes preocupações do mundo moderno é com a produção exagerada de lixo e sua disposição final. A ausência de cuidados especiais, inclusive a falta de aplicação de tecnologias adequadas, resulta na ocupação tumultuada de áreas próximas de importantes centros urbanos (tornando-as insalubres) além de poluir rios, o mar e contaminar o lençol freático. Até mesmo o manejo bem feito, com o estabelecimento de aterros sanitários que atendam as normas recomendadas, implica na inutilização de áreas que poderiam ser utilizadas na expansão urbana.
Muitos países do mundo já estão utilizando técnicas modernas de manejo, com reutilização de grande parte dos rejeitos e transformação de vários elementos altamente tóxicos e contaminadores em gazes que podem ser utilizados em vários setores da indústria. Tal processo resulta de superaquecimento provocado por reatores. Este processo é chamado de tochas e no ano passado foi feita uma demonstração na UESC, por uma empresa de São Paulo. À medida que a temperatura vai se elevando alguns tipos de gás vão sendo liberados e aprisionados. Tais gases tem utilização variada em determinado tipo de produtos industrias.
Baixemos, entretanto à nossa realidade. Não temos sequer um aterro sanitário funcionando de modo adequado. A CONDER está colaborando com a Prefeitura de Ilhéus tentando transformar o lixão do Itariri num aterro sanitário, porém o projeto está sofrendo grande atraso. Mesmo que o aterro venha a funcionar corretamente ainda assim teremos grandes problemas. Manejo de lixo é muito caro e não depende apenas do poder público. Coleta seletiva ou no mínimo discriminada (separar o orgânico do reutilizável ou reciclável) não se implanta sem efetiva participação e colaboração da comunidade. Projetos desta natureza devem ser precedidos de amplas campanhas educativas, inclusive utilizando-se os espaços institucionais nas rádios, jornais, televisões e hoje, especialmente, na INTERNET.
Se quisermos colaborar com o poder público deveremos separar todo o lixo orgânico e se possível fazer compostagem em nossos quintais. Caso não possuamos tal espaço separá-lo para que o município tome tal providência em seu aterro. Tal técnica necessita ser imediatamente implantada nos distritos e povoados, já que a administração municipal não dispõe de patrulhas mecanizadas em tais áreas. Por outro lado, nas áreas rurais praticamente todos os moradores possuem quintais nas suas residências. Na minha casa e no meu sítio já uso tal método há muito tempo.
Em futuras matérias estaremos orientando nossos conterrâneos a fazer compostagem e reutilizar óleo de cozinha.
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