Já o marreco – que aparece na primeira composição oferecendo-se ao pato “para entrar também no samba” – não consta do famoso elenco de palmípedes da nossa seleção. O ganso (presente presente na música, parece que resolveu fazer “ Forfait” no campo) e foi do famoso quarteto o mais desafinado, pois não se sabe se o cisne quer entrar nesse lago frio.
Se os tais palmípedes se entrosaram bem na música, seus grasnados ainda não afinaram em campo. Ainda não apareceu o marreco e muito menos o cisne. Lembramo-nos sem saudades do “famoso” quadrado mágico de Dunga, da copa passada, que jamais funcionou à contento. Agora, falando sério, é necessário ter paciência e esperar que Mano Menezes faça suas experiências até encontrar a escalação ideal. Afinal boa parte dos integrantes dos convocados não se conhecem muito bem e estão desentrosados. É preciso, entretanto, cobrar do treinador decisão rápida quando tiver de efetuar substituições ou mudar o esquema em face de determinadas circunstâncias. Também devemos considerar que muitos dos selecionados vieram de contusões sucessivas e ainda não se encontram em forma física ideal ou em ritmo de jogo. Esperar, pois tal tipo de ajuste e entrosamento é o que o povo brasileiro quer ver na nossa seleção. Caso tal aconteça teremos muitas alegrias nas Olimpíadas e na Copa do Mundo.
Grandes talentos não nos faltam atualmente afora os que irão surgir neste “interregno”. O Pato pode render muito se colocar seu talento a serviço da modéstia o mesmo podendo acontecer com o maior craque do time – o excepcional Neymar, que pode se tornar no cisne real – se resolver “nadar de forma simples”. Não adianta querer enfeitar toda jogada e transformar cada gol numa obra de arte. A obra de arte já é o próprio gol – ainda que de bico ou de canela, como diria Dada Maravilha. Quanto ao marreco reclamado ele pode aparecer encarnado no Lucas ou em qualquer outro jovem das categorias de base.O que precisamos, se quisermos fazer boa figura nas olimpíadas e na copa do mundo, é convocar os melhores, treinar bastante, ter espírito de luta e de união. Talento é o que não nos falta. Somos a terra de Pelé, Garrincha, Leonidas da Silva, Friederraich, Zizinho, Zico, Rivelino, Romeu Peliciari, Tim. Jair da Rosa Pinto, Ademir, Ronaldo, Ronaldinho, Romário e tantos outros. Que o comandante Mano tenha sabedoria suficiente para receber as críticas, aproveitar as construtivas e fazer ouvidos de mercador para as outras.
Se isto acontecer não apenas o quarteto de palmípedes, mas o total do elenco entoará o vocal “muito bom muito bem” – QUEM, QUEM, QUEM, QUEM.
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