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quinta-feira, 7 de julho de 2011

CADÊ O MARRECO?

Se a pergunta fosse cadê o pato seria bem mais fácil responder.  Está na música de Jaime e Neuza Teixeira, imortalizada na interpretação do grande João Gilberto (ícone da Bossa Nova),  denominada “O PATO”. Estaria, ainda, em outra composição, com idêntico nome, de autoria de Vinicius de Moraes/Toquinho/Paulo Soledade, também da mesma época. Tal pergunta agora não poderia ser respondida com tanta rapidez e facilidade.  Só não encontraríamos tal personagem com idêntica facilidade se quiséssemos localizá-lo na partida do Brasil com  a Venezuela. O famoso pato (com letra minúscula mesma, em razão de sua atuação) não chegou a ser notado com grande destaque na aludida competição.
Já o marreco – que aparece na primeira composição oferecendo-se ao pato “para entrar também no samba” – não consta do famoso elenco de palmípedes da nossa seleção. O ganso  (presente presente na música, parece que resolveu fazer “ Forfait” no campo) e foi do famoso quarteto o mais desafinado, pois não se sabe se  o cisne quer entrar nesse lago frio.
Se os tais palmípedes se entrosaram bem  na  música, seus grasnados ainda não afinaram em campo. Ainda não apareceu o marreco e muito menos o cisne. Lembramo-nos  sem saudades do “famoso” quadrado mágico de Dunga, da copa passada, que jamais funcionou à contento.  Agora, falando sério, é necessário ter paciência e esperar que Mano Menezes faça suas experiências até encontrar a escalação ideal. Afinal  boa parte dos integrantes dos convocados não se conhecem muito bem e estão desentrosados. É preciso, entretanto, cobrar do treinador  decisão rápida quando tiver  de efetuar substituições  ou mudar o esquema em face de determinadas circunstâncias.  Também devemos considerar que muitos dos selecionados vieram de contusões sucessivas e ainda não se encontram em forma física ideal ou em ritmo de jogo. Esperar, pois tal tipo de ajuste e entrosamento é o que o povo brasileiro quer ver na nossa seleção. Caso tal aconteça teremos muitas alegrias nas Olimpíadas e na Copa do Mundo.
Grandes talentos não nos faltam atualmente afora os que irão surgir neste “interregno”.  O Pato pode render muito se colocar seu talento a serviço da modéstia o mesmo podendo acontecer com o maior craque do time – o excepcional Neymar, que pode se tornar no cisne real – se resolver  “nadar de forma simples”. Não adianta querer enfeitar toda jogada e transformar cada gol numa obra de arte. A obra de arte já é o próprio gol – ainda que de bico ou de canela, como diria Dada Maravilha. Quanto ao marreco reclamado ele pode aparecer encarnado no Lucas ou em qualquer outro jovem das categorias de base.
O que precisamos, se quisermos fazer boa figura nas olimpíadas e na copa do mundo, é convocar os melhores, treinar bastante, ter espírito de luta e de união. Talento é o que não nos falta. Somos a terra de Pelé, Garrincha, Leonidas da Silva, Friederraich, Zizinho, Zico, Rivelino, Romeu Peliciari, Tim. Jair da Rosa Pinto, Ademir,  Ronaldo, Ronaldinho, Romário e tantos outros. Que o comandante Mano tenha sabedoria suficiente para receber as críticas, aproveitar as construtivas  e fazer ouvidos de mercador para as outras.
Se isto acontecer não apenas o quarteto de palmípedes, mas o total do elenco  entoará o vocal  “muito bom muito bem” – QUEM, QUEM, QUEM, QUEM.

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