“O município de Ilhéus publicou
edital de concorrência pública para a aquisição de pneus, no importe de
CR$.500.000,00 (quinhentos mil cruzeiros). Estranhamente não quantificou, não
especificou nem solicitou explicitação de marca, limitando-se a pedir preços
dos diversos tipos. Ganhou a concorrência a empresa “PNEU SERVICE”, sediada em
Jequié. O processo de adjudicação foi feito com o aludido valor CR$.500.000,00.
À medida que o município necessitava de determinada quantidade solicitava à
fornecedora por oficio, descriminando os tipos (para tratores, patrol,
caminhonetes, automóveis, etc.). A fornecedora entregava o pedido e emitia a
nota fiscal correspondente, recebendo o pagamento correspondente. Tal pagamento
era feito no processo principal, com o título pagamento parcial. Na Prefeitura faziam
fotocópias da nota fiscal e guardavam. Ao enviar as novas solicitações e fazer
novos pagamentos repetiam as cópias e guardavam. Algum tempo depois cortavam o
cabeçalho de uma nota fiscal e o corpo da outra e faziam uma montagem,
adulterando o número do cabeçalho. Tal processo se repetia sempre de modo que
cada duas notas fiscais geravam, por montagem das fotocópias, vários outros
processos de pagamento. Depois do problema ficar bastante conhecido da população, Nizan conseguiu número de
assinaturas suficiente para a instauração de uma CEI na Câmara de Vereadores. O
presidente daquele poder era o Dr. João Batista Soares Lopes Neto (amigo do
prefeito) que instaurou a CEI, sendo designado relator o Dr. Josevandro
Raimundo Ferreira do Nascimento (também amigo). Foram juntados documentos,
ouvidas testemunhas, enfim cumpridas as formalidades de praxe. Nos processos de
pagamento das notas fiscais montadas o representante da PNEU SERVICE disse que
quem assinou os recibos de quitação daqueles pagamentos não era pessoa legalmente
constituída pela empresa. Isto é, era pessoa estranha ao quadro e deles
inteiramente desconhecida. Ficou desse
modo, provada a falsificação
daqueles processos de pagamento parcial (os das notas fiscais em fotocópias e
montados, com quitação dada por pessoa não credenciada pela PNEU SERVICE). A
CEI concluiu pelas ilegalidades dos pagamentos feitos nos processos de notas
fiscais montadas e o Presidente da Câmara remeteu o processo para que o
prefeito por sindicância ou inquérito, apurasse a responsabilidade dos
envolvidos e aplicasse as penalidades cabíveis. Nenhuma providência foi tomada.
Aliás foi – o então secretário de finanças foi nomeado Diretor Financeiro do
ICB e eleito presidente do PSDB (partido do prefeito, à época).
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quinta-feira, 10 de maio de 2012
MARACUTAIS
O jornalista (decano) Everaldo
Valadares apelidou o ex-vereador Nizan Lima dos Santos de “O Caçador de
Corruptos” em razão das denúncias constantes que o referido vereador fazia,
quase diariamente, de irregularidades praticadas pelo governo municipal da
época. Tais denúncias eram feitas da tribuna da Câmara de Vereadores, através
de jornais, rádios e de televisão. Entre elas a mais famosa foi a que ficou
conhecida como “O TRAMBIQUE DA PNEU SERVICE”.
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